Gilles Deleuze e Guimarães Rosa, uma conexão entre filosofia e literatura: o devir, o duplo e a metamorfose

Autores

  • Jairo Dias Carvalho Universidade Federal de Uberlândia

Palavras-chave:

Deleuze. Devir. Estética. Guimarães Rosa. Metamorfose.

Resumo

O texto pretende compreender o processo de metamorfose sofrida pela personagem Riobaldo na obra Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa a partir das idéias deleuzianas de Corpo Sem Órgãos- Plano de Imanência e dos conceitos de devir e multiplicidade. Deleuze identifica os diversos devires ou os estados intensivos a processos de metamorfoses ou de variação de multiplicidades. A cada vez ocorrem afetos que determinam no Corpo Sem Órgãos um “eu” sempre em devir. Tornar-se diabólico, no caso de Riobaldo, significa, então, estar no limiar da afetabilidade do diabo. Riobaldo adquire qualidades novas e novas relações de movimento a partir do pacto com o diabo. É esse tornar-se diabólico, então, a metamorfose de Riobaldo. A relação de Riobaldo com o diabo é uma dessas experimentações onde são produzidos os atributos do Corpo Sem Órgãos. O pacto de Riobaldo é, então um devir-diabólico.

Biografia do Autor

Jairo Dias Carvalho, Universidade Federal de Uberlândia

Professor Associado Um, doutor em filosofia, professor do programa de mestrado em filosofia da Universidade Federal de Uberlândia.

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Publicado

2017-08-21

Edição

Seção

Artigos