Sobre a tradução de enérgeia e entelékheia em Física III, 1-3

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47661/afcl.v13i25.27771

Palavras-chave:

Aristóteles, movimento, potência, ato, tradução

Resumo

Em se tratando da questão do movimento em Aristóteles, o par conceitual “potência e ato” não é apenas importante, ele praticamente esgota a própria definição de movimento, que, nos três primeiros capítulos do livro III da Física, passagem que se pode apelidar de "Tratado do Movimento", é definido como "o ato do ente em potência enquanto tal" (hetoû dynámei óntos entelékheia, hê(i) toioûton). Nessa definição a palavra grega traduzida por "ato" é entelékheia, mas ao longo das 161 linhas do "Tratado do Movimento" Aristóteles emprega 19 vezes o termo entelékheiae 21 vezes o termo enérgeia, sem fazer uma distinção clara – como de resto alhures também não faz – levando alguns tradutores à resignação diante de uma quase sinonímia e à tradução quase automática de ambos os termos gregos por um único termo do vernáculo, como "ato", “atualidade”, “efetividade”. Como traduzi-los afinal?

Biografia do Autor

Luis Felipe Bellintani Ribeiro, UFF

Bacharel (1989), mestre (1992) e doutor (1998) em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com doutorado sanduíche na Universidade de Atenas (1996-7) e pós-doutorado na Universidade Paris IV (2004-5 e 2015-6). É professor do quadro permanente de Instituição Federal de Ensino Superior desde 1993. Integrou o Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atualmente integra o Departamento de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Atua na área de Filosofia Antiga.

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Publicado

2019-09-13