Sobre a tradução de enérgeia e entelékheia em Física III, 1-3
DOI:
https://doi.org/10.47661/afcl.v13i25.27771Palavras-chave:
Aristóteles, movimento, potência, ato, traduçãoResumo
Em se tratando da questão do movimento em Aristóteles, o par conceitual “potência e ato” não é apenas importante, ele praticamente esgota a própria definição de movimento, que, nos três primeiros capítulos do livro III da Física, passagem que se pode apelidar de "Tratado do Movimento", é definido como "o ato do ente em potência enquanto tal" (hetoû dynámei óntos entelékheia, hê(i) toioûton). Nessa definição a palavra grega traduzida por "ato" é entelékheia, mas ao longo das 161 linhas do "Tratado do Movimento" Aristóteles emprega 19 vezes o termo entelékheiae 21 vezes o termo enérgeia, sem fazer uma distinção clara – como de resto alhures também não faz – levando alguns tradutores à resignação diante de uma quase sinonímia e à tradução quase automática de ambos os termos gregos por um único termo do vernáculo, como "ato", “atualidade”, “efetividade”. Como traduzi-los afinal?Referências
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