Uma questão de saber humano: thymos e nóos em Parmênides e Empédocles

Autores

  • Cristiane A. de Azevedo professora substituta do Departamento de Filosofia do IFCS-UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.47661/afcl.v6i11.353

Palavras-chave:

thymos, nóos, Empédocles, Parmênides, Homero

Resumo

O presente artigo baseia-se no argumento de que Parmênides e Empédocles inauguraram uma nova forma de saber que se diferencia do saber tradicional representado pelos adivinhos e poetas. Ainda que o saber, para os dois pensadores, se apresente tendo uma origem divina, a relação que se estabelecerá não será mais passiva, de quem apenas recebe um dom dos deuses. Ao contrário, o saber irá agora ser desejado e buscado. Para tratar dessa nova dimensão do saber humano, este trabalho analisa dois termos -- thymos e nóos -- presentes tanto no poema de Parmênides quanto naquele de Empédocles, para comparar seu uso com aquele feito por Homero. A aproximação com a tradição poética de Homero nos mostra que a utilização dos termos feito pelos filósofos funda um novo tipo de conhecimento.

Biografia do Autor

Cristiane A. de Azevedo, professora substituta do Departamento de Filosofia do IFCS-UFRJ

professora substituta do Departamento de Filosofia do IFCS-UFRJ

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Publicado

2012-07-03

Edição

Seção

Artigos