Eudaimonia para toda a cidade
DOI:
https://doi.org/10.47661/afcl.v9i18.4894Palavras-chave:
eudaimonia, pólisResumo
Aristóteles afirma no livro I da Ética Nicomaqueia que cabe à Política, como ciência mestra, fazer feliz, de preferência, a cidade inteira, mas, depois, no livro X, parece considerar como feliz apenas a vida contemplativa, a existência mais autárquica e, por isso, mais livre e mais prazerosa. Como conciliar essas duas posições? Será que poderíamos admitir que Aristóteles queria uma cidade inteira de filósofos? Isso pareceria absurdo. Cabe a nós aqui, portanto, investigar essa problemática já que é importantíssimo para todo ser humano viver a melhor vida possível, em qualquer época que seja. Assim, procuraremos uma solução plausível para essa questão, juntamente com a tradição de comentadores que, de alguma forma, também perceberam esse problema. Começaremos explicitando o modo de Hardie colocar o problema, depois veremos como Ackrill lida com ele. Nós mesmos tentaremos arriscar ainda uma saída para depois, com Cooper nos valermos da Política para abordar a polêmica questão.Referências
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