Mononoke Aesthetics in the Lights of Laozi and Peirce
DOI:
https://doi.org/10.47661/afcl.v17i34.66536Palavras-chave:
Era digital, Mononoke, exorcismo, mangá, Laozi, Peirce, Estética, fantasmas, YokaiResumo
Na era digital, redefinir e valorizar esteticamente a substância espiritual de entidades não humanas é fundamental, pois seres imateriais do folclore tradicional – como fantasmas – ainda não se encontram plenamente integrados na informação digital. No entanto, a popularidade duradoura de criaturas fantasmagóricas na cultura midiática global, especialmente mononoke ou yōkai no Japão, nos instiga a repensar sua presença imaterial em paralelo ao avanço da tecnologia humana e da inteligência artificial. Um caso emblemático é a série de TV Mononoke (2006-07), que gerou adaptações em diferentes mídias no Japão e, recentemente, inaugurou uma trilogia cinematográfica (2024-). Neste artigo, investigamos os fundamentos filosóficos da série, com ênfase no exorcismo realizado pelo protagonista (o “vendedor de remédios”), considerando três conceitos centrais: “forma”, “verdade” e “razão”. Ao fazê-lo, vinculamos a natureza do mononoke a duas tradições filosóficas: o Daoísmo histórico e o pragmatismo moderno. A primeira análise pauta-se na concepção de Laozi sobre “recipiente” (qi), ou a forma do Dao. Em seguida, recorremos à estrutura pragmatista de C. S. Peirce, com especial atenção a seus três passos normativos: lógica, ética e estética. Concluímos que a natureza imaterial do mononoke – bem como sua capacidade de assombrar os seres humanos – está ancorada em um elaborado diálogo estético entre forma, verdade e razão.
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- 2024-12-31 (2)
- 2024-12-31 (1)
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