O caráter trágico da sentença de Anaximandro

Auteurs-es

  • Alexandre Costa

DOI :

https://doi.org/10.47661/afcl.v3i6.16853

Mots-clés :

Filosofia Antiga. Pré-socráticos. Anaximandro. Tragédia.

Résumé

Resumo:

A sentença de Anaximandro destaca-se entre as mais remotas sentenças da filosofia em suas origens. Mas não é apenas por isso que se deve considerá-la uma das mais relevantes de todos os tempos: com ela Anaximandro inaugura uma série de temas tão preponderantes que a filosofia jamais pôde ver-se livre deles novamente. Trata-se de uma sentença ao mesmo tempo fundadora e definidora para a filosofia. É nela que vemos a filosofia tratar, pela primeira vez, da questão do tempo. Nessa sua primeira aparição, o tempo surge concebido como khrónos, originando-se a partir da imbricação fundamental entre ser e devir. Considerado o caráter antitético e paradoxal dessa imbricação, pode-se dizer que, em Anaximandro, a referida relação entre ser e devir será também responsável pela primeira concepção eminentemente filosófica de tragédia.

Palavras-Chave: Filosofia Antiga. Pré-socráticos. Anaximandro. Tragédia.

Abstract:

Among the most ancient sentences of the early philosophy, Anaximander's sentence has its unique character: But this is not the only reason why one should take it as one of main sentences in the whole history of philosophy. Anaximander's sentence launches issues from which philosophy just can't get away, since it is a sentence that, for the first time ever, philosophy deals with the question of time. In the first appearance, time is understood as khrónos, originating itself as an essential crossroad between being and becoming. Taken the antithetical and paradoxical character of such a crossroad, one might say that, in Anaximander, the above mentioned relation between being and becoming will be also responsible for the first purely philosophical conceptualization of tragedy.

Keywords: Ancient Philosophy. Pre-Socratics. Anaximander. Tragedy.

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Publié-e

2018-04-13

Numéro

Rubrique

Artigos