O Amor de Diotima no Banquete de Platão

Eros como intermediário

Abstract

A concepção de Eros enquanto intermediário, no Banquete de Platão, é apresentada pela sacerdotisa Diotima de Mantineia, em seu diálogo com um jovem Sócrates. É por meio de seus ensinamentos a um jovem Sócrates que vemos a mudança de seu significado da herança grega, onde Eros era tido como um deus, passando, neste discurso, a ser tratado como um daímon, um intermediário, entre mortais e deuses. Na busca de compreender a sacerdotisa, assume-se que se trata de uma personagem mítica de Platão, para modificar o sentido de Eros, apresentado como um intermediário pela sacerdotisa, portanto, um daímon. Platão, ao estabelecer Diotima como sacerdotisa, instaura também uma personagem mítica, que inicia o jovem Sócrates no caminho de Eros tal como se fazia com os iniciados nos mistérios de Elêusis, estabelecendo uma relação mistérica e intermediária, desdivinizando Eros, o colocando como intermediário.