Malignant and inappropriate passions over diverse domains
DOI:
https://doi.org/10.47661/afcl.v3i6.16857Palavras-chave:
paixões. paixões malignas. ética. poética. Aristóteles.Resumo
Resumo:
Após recordar brevemente a visão oferecida pela Ética a Nicômaco a respeito dos modos pelos quais as paixões podem ser apropriadas, inapropriadas ou malignas, este artigo considera se, como e com que justificação essa compreensão pode ser conciliada com os papéis que as paixões assumem em outros domínios, inclusive na retórica, na poética e na política. O artigo argumenta que a propriedade ou a impropriedade do tipo da paixão e da sua ocorrência nos mais diversos domínios não são determinadas por uma noção geral ou ética do que é apropriado, mas podem variar de acordo com o domínio em causa. Considera-se como isso pode fazer sentido através de exemplos oferecidos para ilustrar e justificar essa compreensão. Ainda assim, casos em que há desacordo, quando aquilo que é inapropriado ou adpropriado em um domínio não o é em outro, afiguram-se problemáticos, especialmente quando um desses domínios concerne à ética. Oferecem-se duas estratégias para dar sentido a esse problema, sendo uma delas defendida como a mais promissora. Ainda assim, as feições do pensamento de Aristóteles acerca da inveja como paixão maligna permanecem problemáticas.
Palavras-chave: paixões. paixões malignas. ética. poética. Aristóteles.
Abstract:
After briefly recalling the Nicomachean Ethics' view on the ways in which the passions can be appropriate, inappropriate or malignant, the paper considers whether, how and with what justification this understanding can be reconciled with the roles passions take in other domains, including rhetoric, poetics and politics. The paper argues that the appropriateness or inappropriateness of passion type and occurrence over diverse domains is not determined by a general or ethical notion of appropriateness, but can vary with the domain in question. How this can make sense is considered, with examples offered to illustrate and justify this understanding. Even so, cases in which what is inappropriate or appropriate in one domain is at odds with another seem problematic, especially where one of the domains concerns ethics. Two strategies for making sense of this are offered, with one argued to be most promising. Even so, features of Aristotle's thinking about the malignant passion envy remain problematic.
Keywords: passions. malignant passions. ethics. poetics. Aristotle.