Os conceitos de mutirão e assentamento: ideias para a segunda Abolição
DOI:
https://doi.org/10.59488/itaca.v0i36.31064Palavras-chave:
Ética, Filosofia Africana, Filosofia Experimental Brasileira, Achille Mbembe, Muniz Sodré, Luiz Antônio SimasResumo
Mutirão e assentamento, ambos invocam ancestralidades banto, nagô e cabocla: o mutirão quando nos ensina uma forma de trabalho que não implica servidão e animalidade, o assentamento quando contrai por metáfora espacial o solo mítico da origem e faz equivaler-se a uma parte do território histórico da diáspora. Ambas ideias para a segunda abolição, práticas de rasura naquilo que Ronnielle Singular denomina “transcolonização de si mesmo”.
Referências
BENJAMIN, W. Walter Benjamin: aviso de incêndio: uma leitura das teses Sobre o conceito de história. Trad. Wanda Brant, Jeanne Marie Gagnevin, Marcos Müller. São Paulo: Boitempo, 2005.
FELIX, João Batista de Jesus. HIP-HOP: cultura e política no contexto paulistano. Curitiba: Appris, 2018.
GONZALEZ, Lélia. Mulher Negra. In NASCIMENTO, Elisa Larkin. Guerreiras de Natureza: mulher negra, religiosidade e ambiente. São Paulo: Selo Negro, 2008, p. 29-48.
KASHINDI, Jean-Bosco Kakozi. Ubuntu Como ética africana, humanista e inclusiva. Cardernos IHUideias, São Leopoldo, n° 254, vol. 15, p. 03-24, 2003.
KOJÈVE, A. Introdução à leitura de Hegel. Trad. Estela dos S. Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto: EDUERJ, 2002.
LUKÁCS, Gyorg; História e consciência de classe: estudos sobre a dialética marxista. Trad. Rodney Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
LUZ, Marco Aurélio. Agadá: Dinâmica da Civilização Africano-Brasileira. 4a edição. Salvador: EDUFBA, 2017.
MARX. Manuscritos econômico-filosóficos. Trad. Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2004.
MARX. O Capital – Livro I. Trad. Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2013.
MBEMBE, A. Crítica da Razão Negra. Trad. Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2014.
MBEMBE, A. Sair de grande noite: Ensaio sobre a África descolonizada. Trad. Narrativa Traçada. Luanda: Edições Mulemba, 2014.
NABUCO, J. O abolicionismo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
NASCIMENTO. Wanderson Flor do. Manifestações afro-brasileira: cosmopercepções e religiosidades africanas no Brasil. In KOMINEK, Andrea Maila Voss; VANALI, Ana Crhistina (Orgs.). Roteiros temáticos da diáspora: caminhos para o enfrentamento ao racismo no Brasil. Porto Alegre: Editora Fi, 2018, p. 501-518.
NORONHA, L. Malandros: notícias de um submundo distante. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.
Partido Alto. Dirigido por Leon Hirszman. 1982; Rio de Janeiro, Brasil: Embrafilme, 1982.
PATROCÍNIO, José do. Gazeta de Notícias, 6 de setembro de 1880.
POSSIDONIO, E. Entre ngangas e manipansos. Salvador: Sagga, 2018.
PRANDI; VALLADO; SOUZA. “Candomblé de Caboclo em São Paulo”. In: PRANDI, Reginaldo (Org.). Encantaria brasileira: o livro dos mestres, caboclos e encantados. Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
REBOUÇAS, A. Conferederação abolicionista: abolição imediata e sem indenização. Panfleto n. 1. Rio de Janeiro: Typ. Central, 1883.
SANTANA, Tiganá. A cosmologia africana dos bantu-kongo por Bunseki Fu-Kiau: tradução negra, reflexões e diálogos a partir do Brasil. Tese (Doutorado em Estudos da Tradução) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo, p. 233. 2019.
SANTOS, Juana Elbin dos. Os Nàgô e a morte: Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia. Trad. UFBA. 14 ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
SIMAS, L; RUFINO, L.. A. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
SODRÉ, M. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 2002.
SODRÉ, M. Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.
SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: Poesia, Grafite, Música, Dança: hiphop. São Paulo: Editora Parábola, 2011.
THEODORO, Helena. O negro no espelho. Tese (Tese em filosofia) – Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro, p. 258. 1985.
WELLER, Wivian. Minha voz é tudo o que eu tenho: manifestações juvenis em Berlim e São Paulo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores, ao enviar textos para possível publicação, concordam com os seguintes termos:
1. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação.
2. A publicação é licenciada sob a Creative Commons Atribuição - Não Comercial - Compartilha Igual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).
3. O autor está autorizado a publicar o trabalho em outras revistas ou como capítulo de livro, desde que a distribuição não seja exclusiva e indique a primeira publicação nesta revista.
4. O autor é incentivado a divulgar e disponibilizar o trabalho aprovado para publicação nesta revista em quaisquer meios, desde que essa versão divulgada seja a mesma enviada para avaliação e, posteriormente, seja alterada pela versão publicada.