A canção popular e a subjetividade cósmica de Arquíloco:
uma leitura metafísica
Resumo
Este artigo apresenta uma análise acerca da concepção de canção popular, no período de juventude do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Partindo de trechos de O Nascimento da Tragédia (1872), Homero e a filologia clássica (1869), Introdução à tragédia de Sófocles (1869) e O drama musical grego (1870), discutiremos a perspectiva metafísica da concepção de canção popular, a partir da ideia que a música dionisíaca possibilita o reencontro do ser humano com a sua própria natureza. Nietzsche propõe um espelhamento dos caracteres da Grécia antiga na Alemanha moderna, identificando na canção popular o sentido de unidade de um povo, que expressa as suas experiências coletivas por meio do canto. A melodia, em união com a palavra, dá luz a formação dos versos do poeta lírico, cuja figura é parte importante da nossa discussão. Nietzsche considera Arquíloco um artista subjetivo, que exprime o todo nas suas criações. Assim, a canção popular nasce na união entre música e palavra, é considerada a origem da tragédia grega, enquanto uma expressão artística enraizada na experiência coletiva do povo.
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