Interioridade e subjetividade: um percurso de Agostinho a Freud
DOI:
https://doi.org/10.59488/itaca.v0i16.590Keywords:
Interioridade, Subjetividade, VerdadeAbstract
O artigo procura estabelecer uma relação de continuidade entre a ideia de interioridade de Agostinho e o conceito de subjetividade em Freud. A interioridade, apartir da teoria da iluminação, fundamentou o que nós chamamos hoje identidade moderna. Essa identidade moderna, no ocidente, passa da interioridade à subjetividade,com a criação da psicanálise. Tanto a noção de interioridade agostiniana como a noção de subjetividade psicanalítica possui o mesmo objetivo: permitir que cada indivíduo conheça a si mesmo. Enquanto na teoria da iluminação era necessária a emergência de um luzeiro (Deus) que a tudo organiza e dá sentido; na psicanálise, com a emergência do inconsciente, o sujeito é o responsável por organizar o seu espaço interior, psicanaliticamente descrito como espaço cindido, sem organização e guiado pelas pulsões. Nessa perspectiva, na atualidade, a interioridade e a subjetividade são um espaço de produção de conhecimento de si e também o lugar onde se forjam as tecnologias de governo de si e também da sociedade.
Palavras-Chave: Interioridade. Subjetividade. Verdade.
Referências bibliográficas
AGOSTINHO. De Magistro. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Os
Pensadores).
______. A verdadeira religião; O cuidado devido aos mortos. São
Paulo: Paulus, 2002.
______. Confissões. Bragança Paulista: Editora Universitária São
Francisco, 2003.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal,
1982.
______. História da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro:
Graal, 1997. (v. 1).
FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. São Paulo: Abril
Cultural, 1978. (Os Pensadores).
TAYLOR, Charles. As fontes do self: a construção da identidade
moderna. São Paulo: Loyola. 2005.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os autores, ao enviar textos para possível publicação, concordam com os seguintes termos:
1. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação.
2. A publicação é licenciada sob a Creative Commons Atribuição - Não Comercial - Compartilha Igual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).
3. O autor está autorizado a publicar o trabalho em outras revistas ou como capítulo de livro, desde que a distribuição não seja exclusiva e indique a primeira publicação nesta revista.
4. O autor é incentivado a divulgar e disponibilizar o trabalho aprovado para publicação nesta revista em quaisquer meios, desde que essa versão divulgada seja a mesma enviada para avaliação e, posteriormente, seja alterada pela versão publicada.