SAMBA E CANDOMBLÉ COMO INÉDITO VIÁVEL
DOI:
https://doi.org/10.59488/itaca.v0i3.58314Palavras-chave:
EstéticaResumo
O presente artigo pretende definir os conceitos freirianos: “situações-limite” e “inédito viável”. Em seguida dedicaremos espaço para indicar e refletir sobre como o advento do samba e sua relação com as religiões de matriz africana servem de exemplo de um “inédito viável”. Isto porque os espaços de solidariedade criados pelos pais e mães de santo no contexto pós-1888 reestruturam, além do universo mítico dos povos pretos escravizados, agora desempregados, o seio familiar no conjunto de uma nação candomblecista. O samba funcionando desde o início como, ao mesmo tempo, elemento profano e sagrado, na constituição do culto. Contudo, rascunhamos, ainda, uma história da música brasileira até chegar ao samba, passando pelo lundu e o maxixe. Consideramos que toda essa complexidade cultural profundamente imbricada deu-se a partir da “situação-limite” da escravização dos negros africanos, reverberando em diversas formas de resistência entendidas aqui como inédito viável.
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