Existência e finitude I:

o enigma de uma morte vivida em Jean-Paul Sartre (1936-1940)

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Resumo

 Quais são os limites da morte e da finitude na obra de Jean-Paul Sartre? Vindo a responder essa interrogação parcialmente junto aos textos filosóficos de 1936 a 1940, mapeia-se os dispositivos conceituais de uma psicologia fenomenológica interessada em descrever sobre as vivências intencionais. A princípio, os conceitos sartrianos para este debate são os seguintes: uma egologia transcendental (descrever a morte é sempre uma atividade externa de qualidades, estados e ações pelo véu da reflexão cúmplice) pela primazia da irreflexão; um vínculo entre o objeto emocional e sujeito emocionante sem uma balização do tempo de padecimento de uma perda a qual, nomeamos de luto e, por fim; uma consciência imaginante, produzida por uma ausência essencial, desejante e inteiramente correlato entre a realidade e a irrealidade. Por esses textos iniciais, fica-se explícito uma descrição da morte pela exterioridade, do ponto de vista do outro ausente numa ligação pré-reflexiva, em situação e por um analogon afetivo (fotos, lembranças, linguagem) guiado pelo desejo. Existe, por fim, ferramentas conceituais para uma descrição do vivido intencional do luto, sendo este o nosso interesse cardeal (e não, o do filósofo francês), contudo, até este momento, não se observa um interesse prático na obra de Sartre. 

Biografia do Autor

Thiago Sitoni Gonçalves, UNIOESTE/Doutorando em Filosofia, Bolsista CAPES

Psicólogo e psicoterapeuta (CRP 08/32686). Doutorando em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE/Bolsista CAPES). Mestre em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Especialista em Educação, Política e Sociedade (UniCV). 

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Publicado

2024-05-28

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Artigos