VIKINGS E SIMULACROS: A CONSTRUÇÃO DE NARRATIVAS E SIMULAÇÕES MEDIEVAIS PELA CULTURA DE MASSA
Resumen
O interesse em compreender o uso da Idade Média como forma de legitimar posições ideológicas é cada vez mais evidente, refletindo o interesse do mundo acadêmico em esclarecer os possíveis equívocos e como ocorre a recepção desse medievalismo. Como um estudo de caso, pretendemos trabalhar com a recepção dos vikings em nossa sociedade. A idealização que temos sobre os vikings na mídia hoje surge no século XIX e apesar de sua inspiração nos tempos medievais, não se preocupa com a precisão histórica. Sua concepção e desenvolvimento precede a importância da realidade histórica que a inspira, criando novas realidades, com narrativas e discursos próprios e, nosso foco aqui, seguiria o conceito de simulacros e simulações de Jean Baudrillard em nossa cultura de massa. A partir disso pretendemos questionar como o ambiente acadêmico aborda hoje o problema de tal recepção e quais seriam as novas maneiras de fazê-loCitas
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulação. Lisboa: Relógio D’Água, 1991.
BERRIEL, Carlos. Tietê, Tejo, Sena: a Obra de Paulo Prado. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
BIRRO, Renan M. “O problema da temporalidade para os estudos da Europa Nórdica: a Era Viking”. Revista Nearco, v. 6, 2013, p. 228-254.
BRINK, Stefan & PRICE, Neil. The Viking World. Abington: Routledge, 2008.
CARPEGNA FALCONIERI, Tommaso di. The Militant Middle Ages: Contemporary Politics between New Barbarians and Modern Crusaders. Boston: Brill, 2019.
CRICHTON, Michael. Devoradores de Mortos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
FRANK, Roberta. “The Invention of the Viking Horned Helmet” in: DALLAPIAZZA, Michael; HANSEN, Olaf; MEULENGRACHT-SØRENSEN, Preben; BONNETAIN, Yvonne S. International Scandinavian and Medieval Studies in Memory of Gerd Wolfang. Trieste: Edizioni Parnaso, 2000.
GEARY, Patrick. O Mito das Nações: a invenção do nacionalismo. São Paulo: Conrad, 2005.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do Cansaço. Petrópolis: Vozes, 2019.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos – O breve século XX (1914 – 1991). São Paulo: Cia. Das Letras, 1997.
HOBSBAWN, Eric. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. São Paulo: Paz e Terra, 2012.
IBN FADLAN, Ahmad; CRIADO, Pedro Martins (trad.). Viagem ao Volga. São Paulo: Carambaia, 2019.
JONES, Gwyn. The Norse Atlantic Saga. Londres: Oxford University Press, 1964.
LIBERA, Alain de. Pensar na Idade Média. São Paulo: Editora 34, 1999.
LÖNNROTH, Lars. “The Vikings in History and Legend” in: SAWYER, Peter. The Oxford Illustrated History of the Vikings. Oxford: Oxford University Press, 1997.
MEDEIROS, Elton O. S. “Mito e História no Campo de Batalha: Apropriação e Interpretação do Passado pelo Medievo e como História Nacional”, Revista de História Comparada, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, 2014, p. 29-59.
MEDEIROS, Elton O. S. “O que Beowulf tem a ver com Cristo? Reflexões sobre abordagem e problemática metodológica”, Revista Signum, vol. 20, n. 1, 2020, p. 135 – 162.
MEDEIROS, Elton O. S. “Dinamarqueses, Daneses ou Vikings? Problemas Metodológicos e Identitários na Alta Idade Média Inglesa”. Brathair, 2020 (no prelo).
MOMIGLIANO, Arnaldo. As Raízes Clássicas da Historiografia Moderna. Bauru: EDUSC, 2004.
MORADO, Ronaldo. Larousse da cerveja. São Paulo: Alaúde, 2017.
MUCENIECKS, André. “Notas sobre o termo viking: usos, abusos, etnia e profissão”. Revista Alethéia, vol. 2 n. 2, 2010, p. 1 – 10
ORCHARD, Andy. The Elder Edda: A Book of Viking Lore. Londres: Penguin, 2011.
SILVA, Daniele Gallindo Gonçalves & ALBUQUERQUE, Maurício da Cunha. “‘Hail Arminius! O Pai dos Alemães!’: a construção mítica da Unificação Alemã entre 1808 e 1875”, Topoi (RIO J.), Rio de Janeiro, v. 18, n. 35, 2017, p. 330 – 355.
STOBART, Tom. Ervas, Temperos e Condimentos de A a Z. Rio de Janeiro: Zahar, 2005
TÁCITO. The Agricola and the Germania. Londres: Penguin, 1970.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).