Os grupos de mulheres no enfrentamento à violência de gênero: direções éticas
DOI:
https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP2021v73i2p.52-66Palavras-chave:
Violência de gênero, Grupos de mulheres, Micropolítica, Produção de subjetividadeResumo
Este artigo discute os grupos de mulheres, dispositivos utilizados desde o início dos movimentos feministas para trabalhar questões de gênero, como um caminho para a construção e intensificação de estratégias de resistência junto a mulheres em situação de violência de gênero. Propomos algumas direções éticas que conduzem a práticas micropolíticas capazes de sustentar no grupo aquilo que se multiplica entre suas participantes, inventando possíveis entre impossibilidades e apostando na potência de conexões entre diferentes modos de existência. Grupo ético-estético-político que gera efeitos e que pode favorecer a produção de novos entendimentos e práticas relacionadas às composições de gênero e às relações de poder vivenciadas pelas mulheres em seus relacionamentos e na sociedade. A aposta é que nestes grupos ocorra a articulação entre subjetividade e política e que o espaço grupal permita que as cristalizações de lugares e papéis que as mulheres constroem em suas histórias se desfaçam.
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