A apropriação da psicanálise pelo neopragmatismo
DOI:
https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP2021v73i3p.70-79Resumo
A visão neopragmática da psicanálise discorda da centralização do self da tradição metafísica e indica uma nova redescrição de si: uma redescrição estética. Para sustentar sua proposta, Freud é visto por Rorty como um exemplo de pensador edificante, pois a psicanálise fornece uma riqueza de desdobramentos morais e político-culturais. Em grandes linhas, nosso autor compreende o mundo psíquico, baseando-se no pensamento de Donald Davidson, como o encontro entre “quase-pessoas” como “conjuntos de crenças e desejos”; sobretudo o consciente e o inconsciente, que considera polos paradigmáticos das instâncias psíquicas. Para compreender essa construção plural e dinâmica da subjetividade, este artigo enfatiza a análise de textos de Rorty escritos após 1989; em especial, Freud e a reflexão moral.
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