Freud e a arte: uma postura estética
DOI:
https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP-2022v74.19651Resumo
O artigo desenvolve a hipótese de que haveria no discurso freudiano sobre a criatividade artística a presença de uma postura estética subentendida no próprio encontro de Freud com as obras de arte de seu tempo. O argumento expõe alguns dados históricos sobre o panorama artístico da época; algumas referências do arquivo epistolar do autor; e um recorte da metapsicologia. Sugerimos que o trilho da estética possibilitou a emergência do emblemático texto O estranho, em 1919, que antecede a formalização da segunda tópica. O artigo consiste numa adaptação da primeira parte de uma tese que versa sobre o aspecto estranho e regressivo da criação artística – inscrito, portanto, numa dimensão além do princípio do prazer – de modo que o discurso que articula a arte ao sonho, o devaneio e a brincadeira é aqui apresentado como base, portanto, de uma estranheza esteticamente marcada na obra freudiana.
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