Crenças parentais sobre a punição física na criação dos filhos

Autores

Resumo

Este estudo teve como objetivo compreender as crenças parentais que amparam o uso de punição física de pais que as utilizam como ação educativa. Participaram do estudo 32 pais de crianças entre dois e sete anos. Foram aplicados um questionário sociodemográfico e entrevistas semiestruturadas individuais. Os dados foram analisados a partir da Teoria Fundamentada nos Dados e evidenciou presença de crenças disfuncionais sobre o desenvolvimento infantil, exercício de poder sobre o filho, a concepção de que palmada não é violência e punição física como necessária para o desenvolvimento e aprendizagem da criança. Concluiu-se que apesar de evidências científicas sobre o prejuízo da punição física para o desenvolvimento da criança, as ações educativas coercitivas ainda estão fortalecidas e amparadas em crenças sociais enraizadas. Torna-se necessário implementar programas de aperfeiçoamento de habilidades parentais amparadas em estratégias positivas de criação dos filhos.

Biografia do Autor

Aline Cardoso Siqueira, Universidade Federal de Santa Maria

Psicóloga, graduada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mestre em Psicologia com ênfase em Psicologia do Desenvolvimento pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRGS e Doutora em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRGS, com estágio sanduíche na University of Connecticut. É membro da equipe de pesquisadores do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência (Laprev/UFSCar), realizando pesquisas relacionadas à maternidade, adoção, institucionalização de crianças e práticas educativas parentais. Atualmente, realiza Pós-doutorado no Laprev/UFSCar com Profa. Dra. Lúcia Cavalcante de Albuquerque Williams, sendo visiting researcher na University of Maryland (2017-2018). É membro do GT da ANPEPP "Tecnologia social e inovação: Intervenções psicológicas e práticas forenses contra violência". Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Desenvolvimento Humano e Psicologia Social e Comunitária, atuando principalmente nos seguintes temas: institucionalização, adolescência, parentalidade e maternidade. Atualmente, atua como docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria/RS e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia/UFSM.

Suane Pastoriza Faraj, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria. Possui Graduação em Psicologia pela Universidade Luterana do Brasil - ULBRA - Campus Santa Maria (2007) e é Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2014). Possui Pós- Graduação lato sensu, na modalidade a distância, em Especialização em MBA em Gestão de Recursos Humanos junto a FATEC Internacional (2008) e Pós-Graduação em Criança e Adolescente em Situação de Risco junto ao Centro Universitário Franciscano - UNIFRA (2011). Tem experiência na docência e na área da Psicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: vulnerabilidade social, violência e rede de proteção. Atuou em políticas públicas da saúde e assistência social - proteção social especial de média e alta complexidade (CREAS e Acolhimento Institucional) e no Centro de Reabilitação física e intelectual. Atualmente é psicóloga na Entidade Palotina de Educação e Cultura.

Marcli Firpo Bittencourt, Universidade Franciscana

Marcli, Pedagoga, Psicopedagoga e Psicóloga todos os cursos cursados na URCAMP/Bagé/RS. Trabalhou como professora municipal em Dom Pedrito com aulas de Educação Infantil e Ballet. Atuou também como Professora de nível superior do curso de Pedagogia campus da URCAMP em Dom Pedrito durante cinco anos.Paralelamente atuou como Professora e Psicologa Organizacional no CETPAM, centro de estudos, treinamento, pesquisa, auditoria e marketing durante dois anos . Em Brasilia atuou como Assistente de Treinamento e Seleção junto ao CIEE, durante dois anos e seis meses, com atividades voltadas a seleção de estagiários e acompanhamento em escolas e empresas bem como palestras junto as mesmas.De volta ao Rio Grande do Sul atuou como Professora Substituta na UFSM durante dois anos e de seis meses no curso de Pedagogia, Departamento de Metodologia do Ensino, com a disciplina de Didática. Atualmente desde 2006 atua como Assistente Pedagógica nas Aldeias Infantis SOS, tendo como atividades seleção e orientação as Mães Sociais no Programa de Acolhimento Institucional e desde 2010 como Coordenadora Pedagógica e atuação na área de gestão da Escola de Educação infantil Hermann Gmeinner das Aldeias Infantis SOS.

Josiane Lieberknecht Wathier Abaid, Universidade Franciscana

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria (2005), mestrado (2008) e doutorado (2013) em Psicologia pelo PPG em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é docente do Curso de Psicologia, da Especialização em Psicopedagogia e do Mestrado em Saúde Materno Infantil na Universidade Franciscana. Tem experiência na área de Psicologia Clínica, Educacional/escolar e Pesquisa com ênfase em Psicologia do Desenvolvimento Humano, atuando principalmente nos seguintes temas: institucionalização de crianças e adolescentes, eventos estressores, sintomas depressivos e maternidade no ciclo vital.

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Publicado

2024-06-20

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa Original