Desafios e possibilidades do viver sem ver
DOI:
https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP-2022v74.15330Palabras clave:
Deficiência visual, Teoria ator-rede, Versão, Política ontológica, pesquisarCOMResumen
O presente artigo tem por objetivo acompanhar o desenrolar de um dispositivo clínico, destinado às pessoas com deficiência visual do Instituto Benjamin Constant. Para tal empreendimento, partimos dasformulações teórico-metodológicas da Teoria Ator-Rede (TAR) e dos termos Versão, Política Ontológica e PesquisarCOM. Estes são articulados de modo a propiciar uma reflexão acerca da concepção predominante da cegueira enquanto déficit, tal como os atores e as práticas que a sustentam. Lançamos luz sobre o nosso campo de atuação, a fim de fazer proliferar outras realidades que admitam a pessoa cega como aquela que pode ser eficiente. Assim, concluímos que é possível a construção de lugares propositivos em relação à deficiência visual que transportem a possibilidade de invenção e
reinvenção de si.
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