Uma Psicologia Social do Direito: Investigações sobre uma magistratura dissidente

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Resumo

O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa que buscou compreender como a produção jurídica de juízes e desembargadores pode ser tomada como objeto da psicologia social, com destaque para as condições psicossociais dos conflitos entre práticas hegemônicas e dissidentes. Através da técnica semi-dirigida episódica, foram realizadas quinze entrevistas com magistrados dissidentes (críticos em relação ao Poder Judiciário e à magistratura). Efetuou-se a análise argumentativa das falas e posteriormente a sua interpretação a partir do referencial da hermenêutica de profundidade. Os resultados apontam cinco fatores essenciais à compreensão psicossocial da produção jurisdicional: a) a origem social/classe da magistratura; b) a estruturação da organização judiciária; c) os elementos psicossociais da sociedade contemporânea; d) a transformação da relação entre Judiciário e mídia; e, e) a autocompreensão da magistratura sobre as possibilidades de sua organização política.

Biografia do Autor

André Guerra, 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, RS, Brasil.

Psicólogo e Mestre em Psicologia Social e Institucional (UFRGS), membro do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Psicologia Existencial (ALETHEIA/UFCSPA) e do Grupo de Pesquisa Ideologia, Comunicação e Representações Sociais

Pedrinho Arcides Guareschi, Universidade de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, RS, Brasil

Pós-doutor em Ciências Sociais na Universidade de Wisconsin (1991); Pós-doutor em Ciências Sociais na Universidade de Cambridge (2002). Professor Convidado do Programa de Pós Graduação em Psicologia Social e Institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenador do Grupo de Pesquisa Ideologia, Comunicação e Representações Sociais.

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Publicado

2024-06-13

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa Original