Critérios Geomorfológicos e Hidrodinâmicos para Definir Zonas de Segurança na Costa Rochosa Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.11137/1982-3908_2022_45_41724Keywords:
Costões marinhos, Falésias, Ação das ondas de tempestadeAbstract
Este trabalho sugere a criação de uma zona de segurança para a costa rochosa brasileira, com pelo menos 30 m de largura, a partir do limite superior da ação das ondas de tempestades marinhas. Isso atende os projetos de engenharia e podem auxiliar ainda no planejamento da gestão dos litorais rochosos. Para tanto foram estudadas a geomorfologia e a hidrodinâmica dos costões, falésias,bancadas e campos marinhos de blocos, em 233 pontos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Foram feitas correlações entre declividade de rampas rochosas, altura das ondas, forma das encostas e outros aspectos. Foram definidas 3 faixas de lavagem criadas pela ação das ondas: a faixa “A” delimita o ponto atingido pelas ondas de tempestades mais fortes em um período de aproximadamente 10 anos; a faixa de lavagem “B” apresenta-se polida pela ação das ondas de tempestades regulares; na faixa “C” proliferam incrustações de comunidades marinhas porque é atingida por marés e ondas de todos os tamanhos. Esse zoneamento serve ao planejamento da gestão costeira. Foi constatado que os perfis da costa rochosa mais seguros contra as ondas de tempestade são: falésia com altura maior que 5 m, costão-falésia com altura maior que 4 m e campo marinho de blocos. Os perfis do tipo costão, entre 15° e 45° de inclinação, assim como as bancadas, produzem as áreas de maior risco, principalmente quando inseridos em baías rochosas expostas.
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