Uma Aplicação na Geociência da Termografia Infravermelho para Diagnosticar Padrões Térmico-Hídricos em Solos com Culturas Irrigadas por Potes de Argila no Oeste do Pará, Amazônia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11137/1982-3908_2021_44_39655

Palavras-chave:

Temperatura, IrrigaPote, Termografia

Resumo

O objetivo neste trabalho é apresentar uma aplicação na geociência da termografia infravermelho para diagnosticar padrões térmico-hídricos em solos com culturas irrigadas por potes de argila no oeste do Pará, Amazônia. As imagens termográficas foram obtidas na unidade de referência tecnológica (URT), instalada pelo projeto IrrigaPote, na comunidade de Lavras, no Oeste do Pará. Foram realizados imageamentos a campo e analisados os padrões térmicos nos seguintes alvos: T1: Aceroleira (Malpighia emarginata) sombreando solo com serrapilheira; T2: Aceroleira (Malpighia emarginata) sombreando solo sem serrapilheira; T3: Solo com serrapilheira; T4: Solo sem serrapilheira; e T5: Quintal agroflorestal contendo árvore secular com serrapilheira no solo. Os dados foram estratificados em valores extremos, médios, amplitude térmica e analisada a umidade do solo. O diagnóstico termográfico no infravermelho próximo e os termogramas foram tratados no programa Flir Tools (6.3v). Os alvos térmicos foram selecionados aleatoriamente, contabilizando-se 10 pontos nos cinco (05) tratamentos, totalizando-se 50 amostras. Fez-se análise estatística descritiva em nível de 5% de significância. Verificou-se diferenças térmicas significativas entre solo exposto (T4=61,0°C) e no solo com serrapilheira (T3=43,8°C). Também, no solo sombreado com aceroleira na URT a temperaturas (T1=33,6°C) e no solo sombreado sem serrapilheira fora da URT (T2=32,7°C), evidenciando os efeitos da umidade no solo em decorrência da irrigação com potes de argila. As menores temperaturas (T5=30,3°C) foram detectadas no solo sombreado com árvore secular e existência de serrapilheira na área do produtor rural. A regulação térmica evidencia que a irrigação com potes de argila no solo está alinhada aos objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), principalmente o ODS 2 com a oferta de alimentos o ano todo; os ODS 6, 9 e 12, pois o reuso de água da chuva na agricultura garante a produção de forma responsável) e, ODS 13 como estratégia de regulação térmica para mitigar os efeitos decorrente de mudanças climáticas. A termografia infravermelho possui alto potencial de aplicação em diferentes linhas de pesquisa na geociência. 

Biografia do Autor

Dilma Ázira Ismael Carlos, Universidade Federal do Oeste do Pará, Programa de Pôs Graduação em Sociedade Natureza e Desenvolvimento, Santarém, Pará. E Universidade São Tomás de Moçambique, Maputo, Moçambique.

Doutoranda em Ciencias ambientais da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), graduacão em Agricultura e Desenvolvimento rural na Universidade São Tomás de Moçambique (USTM), mestre em Agribusiness pela National Pingtung University of science and technology (NPUST). E professora da Universidade São Tomás de Moçambique.

Lucieta Guerreiro Martorano, Pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental/NAPT e Professora do Programa de Pôs Graduação em Sociedade Natureza e Desenvolvimento e Programa de Pôs graduação da rede BIONORTE, Santarém, Pará

Graduação em Meteorologia (UFPA) e Agronomia (UFRA- antiga FCAP). Mestrado em Agrometeorologia (ESALQ/US) e doutorado em Fitotecnia/Agrometeorologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisadora da EMBRAPA Amazônia Oriental/NAPT.

Avner Brasileiro dos Santos Gaspar, Eng. Agrônomo da Universidade Federal do Oeste do Pará- UFOPA.

Doutorando em Ciências Ambientais na Universidade Federal do Oeste do Pará. Mestre em Ciências Ambientais com ênfase em Recursos Naturais da Amazônia, pela Universidade Federal do Oeste do Pará, Eng. Agrônomo da Universidade Federal do Oeste do Pará- UFOPA.

Irving Montanar Franco, Professor da Universidade Federal do Pará

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela SAP/ EESC/USP, Setor de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos (atualmente Instituto de Arquitetura e Urbanismo) Universidade de São Paulo. Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo. Porfessor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo FAU/ITEC/UFPA.

Rodrigo da Silva, Professor da Universidade Federal do Oeste do Pará, Programa de Pôs Graduação em Sociedade Natureza e Desenvolvimento, Santarém, Pará

Graduação em Física Licenciatura Plena na UFSM, Mestrado em Física na UFSM e Doutorado em Física - UFSM em cooperação com a State University of New York (SUNY). Professor e pesquisador da Universidade Federal do Oeste do Pará, Programa de Pôs Graduação em Sociedade Natureza e Desenvolviment.

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Publicado

2021-09-24

Edição

Seção

Ciências do Ambiente