Violência e refinamento discursivo em A Grande Arte, de Rubem Fonseca
DOI:
https://doi.org/10.1590/1517-106x/20182013446Resumen
Rubem Fonseca é reconhecido, desde o lançamento de sua primeira publicação, pela representação da violência associada ao uso de uma linguagem sofisticada. Tal característica leva Alfredo Bosi a inseri-lo na corrente literária “brutalista”. Este artigo pretende verificar como é representada a brutalidade derivada dos desníveis sociais na sociedade brasileira em A grande arte, de 1983, segundo romance policial do autor. O escritor utiliza-se de aprimoradas técnicas narrativas para representar de maneira detalhada situações de violência explícita que envolvem o protagonista-narrador e outras personagens como o matador de aluguel. Com apoio em estudos sobre o romance policial, a narrativa brasileira e alguns problemas de técnica da narrativa, expomos a imbricação entre representação da violência, a crítica à desigualdade social e a composição própria do romance policial, construídas por um discurso requintado.
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