A circularidade da escrita de Lygia Fagundes Telles

Auteurs-es

  • Carlos Magno Gomes Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão

DOI :

https://doi.org/10.1590/1517-106X/2017193557570

Résumé

Este ensaio apresenta uma reflexão filosófica sobre a circularidade da escrita de Lygia Fagundes Telles pela impessoalidade do texto literário pregada pelos pós-estruturalistas Michel Foucault, Roland Barthes e Jacques Derrida. Como modelo, faz-se a análise da metanarratividade no conto “Senhor diretor”, da coletânea Seminário dos ratos (1977). Esse texto expõe o jogo de dissimulação no qual o dito é apagado pelo murmúrio do não dito. Com isso, reconhecem-se os processos ambíguos da escrita, que dissimula referências ao mundo externo, enquanto fala de si.

Biographie de l'auteur-e

Carlos Magno Gomes, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão

Professor Associado de Teoria Literária da UFS. Doutor em Literatura pela UnB (2004), com pós-doutorado  em  Estudos  Literários pela UFMG (2013). Bolsista CNPq com diversos artigos publicados em revistas nacionais com enfoque nos estudos comparados, estudos da recepção e estudos de gênero. Editor do periódico acadêmico Interdisciplinar da UFS.

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Publié-e

2018-09-11

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Artigos