Para uma outra modernidade: Francis Ponge e os deslocamentos da tradição

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DOI :

https://doi.org/10.1590/1517-106X/20397110

Résumé

Este artigo pretende examinar a visão de modernidade encenada no projeto poético de Francis Ponge, levando em consideração alguns modelos literários e culturais presentes na tradição francesa. Trata-se, assim, de tentar entender de que modo o poeta problematiza a ideia que temos da poesia ao escapar das dicotomias que caracterizariam as definições de modernidade em oposição a certo passado. Para tanto, pretende-se investigar a articulação entre os textos “rascunhados” de Ponge – que compõem os livros Comment une figue de paroles et pourquoi e La Table – e o desenvolvimento do olhar lançado à matéria na era do surgimento da anatomia a partir do século XVI. Tal aproximação permite também um diálogo com o conceito de serendipidade, cujo paradigma indiciário aponta para a linguagem como conjunto de indícios a serem seguidos.

Biographie de l'auteur-e

Danielle Grace de Almeida, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015), onde desenvolveu uma tese sobre Francis Ponge e a poesia francesa. Cumpriu estágio doutoral de um ano na Universidade Sorbonne-Nouvelle, na França, no ano de 2013. Atualmente é bolsista da Capes de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatina na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na área de Literaturas Estrangeiras Modernas. Também realizou curso de pós-doutoramento na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 2017. Atua nas áreas de poesia francesa moderna e contemporânea e ensino de língua e literatura francesa.

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Publié-e

2018-12-29

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