Prazer, esse sou ele (a autobiografia poético-política de André Luiz Pinto)
Résumé
De dentro do eclipsamento da política, a poesia vem se fazendo um lugar de combate contra as totalidades e seus totalitarismos. Parto de uma das principais linhas de força da poesia contemporânea: poemas em que escritos autobiográficos se colocam como políticos através de fraturas que nos fazem pensar feridas, a um só tempo, familiares e comunitárias, íntimas e públicas, atuais e históricas. Enquanto a poesia feita no Rio de Janeiro fora, até certo ponto, realizada predominantemente por moradores da Zona Sul, o local de proveniência do poeta André Luiz Pinto demarca uma intrusão política diferenciada, o subúrbio e o morro, que levam a uma repetição de uma urgência em seus poemas: “A adolescência não sabia/ que apesar da confusão entre prosa/ e poesia, isto não é a revolução. O que pesa/ é o salário que custeia a vida e a verdade é essa”.Références
BORGES, Jorge Luis. “O credo de um poeta”. In: Esse ofício do verso. MIHAILESCU, Calin-Andrei (Org.). Tradução de José Marcos Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
PINTO, André Luiz. Flor à margem, Rio de Janeiro: Produção independente, 1999.
PINTO, André Luiz. Primeiro de abril. São Paulo: Editora Hedra, 2004.
PINTO, André Luiz. Isto. Belo Horizonte: Espectro Editorial, 2005.
PINTO, André Luiz. Ao léu. Rio de Janeiro: Editora Bem-te-vi, 2007.
PINTO, André Luiz. Terno novo. Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2012.
PINTO, André Luiz. Mas valia. Rio de Janeiro: Editora 7Letras, 2016.
PINTO, André Luiz. Nós, os dinossauros. São Paulo: Editora Patuá, 2016.
PINTO, André Luiz; FLORES, Guilherme Gontijo; AQUINO, Mônica. Poemas. São Paulo: Editora Quelônio, 2018.
PLAQUETE do ciclo Vozes, Versos, organizado por Tarso de Melo e Heitor Ferraz.
RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento; política e filosofia. Tradução de Ângela Leite Lopes. São Paulo: Editora 34, 2018.
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