Del biografema a la comunidad: dos casos recientes en la literatura latinoamericana

Autores

  • Claudia Amigo Pino Universidade de São Paulo, São Paulo - SP
  • Lorena Amaro Pontificia Universidad Católica de Chile, Santiago de Chile

DOI:

https://doi.org/10.1590/1517-106x/2018202165183

Resumo

Si bien es muy conocida la postura de Roland Barthes sobre la muerte del autor, ilustrada en su famoso artículo homónimo, queda mucho por explorar de lo que fue su retorno a la figura autorial a través de la noción de “biografema”, concepto que aparece breve y enigmáticamente formulado en su texto Sade, Fourier, Loyola. En el siguiente artículo, se retoma la biografemática barthesiana, tomando como referente las lecciones de los seminarios “10 años de semiología” (inédita) y “El léxico del autor” (anotaciones publicados póstumamente, en 2010). El biografema aquí será comprendido como un “rasgo significante” contradictorio, plural y también como una huella impresa por el autor en la subjetividad de los lectores, referida particularmente a rasgos corporales y afectivos. Se vinculará esta noción con otras conceptualizaciones actuales sobre la autoría y la necesidad de trascender el paradigma romántico del autor individual y singular, para orientarse hacia una visión de la autoría como  una forma de comunidad. Se llevará esta reflexión teórica a la lectura de dos textos narrativos latinoamericanos recientes: Mi abuela: Marta Rivas González, del chileno Rafael Gumucio (2013) y A resistência (2015), del brasileño-argentino Julián Fuks, en que la oscilación entre biografía y autobiografía revela cómo opera el biografema en estos textos autoficcionales.

Biografia do Autor

Claudia Amigo Pino, Universidade de São Paulo, São Paulo - SP

Claudia Amigo Pino é professora associada da Universidade de São Paulo, Brasil. Doutora em Letras (Universidade de São Paulo). Publicou os livros A ficção da escrita, escritura sobre escrita, Roberto Zular (Martins Fontes, 2004) e Roland Barthes: A aventura do romance (7Letras, 2015). Neste momento, está realizando pesquisas sobre os arquivos dos seminários Roland Barthes na École de Hautes Études en Sciences Sociales, que tem o apoio do CNPq (Bolsa de Produtividade em Pesquisa/ nível 2) e da Fapesp (Auxílio à pesquisa regular 16/21510-5).

Lorena Amaro, Pontificia Universidad Católica de Chile, Santiago de Chile

Lorena Amaro acadêmica e pesquisadora do Instituto Estético da Pontifícia Universidade Católica do Chile. Possui Doutorado em Filosofia (Universidade Complutense de Madrid) e Mestrado em Teoria Literária (Universidade do Chile). É co-editora, com Claudia Amigo (USP), do livro Auto (bio) grafías Latinoamericanas (Annablume/ Cuarto Propio, 2012); coeditora, com Alicia Salomone e Ángela Pérez, de Estradas e desvios. Leituras críticas sobre gênero e escrita na América Latina (Cuarto Propio, 2010) e editora de Aesthetics of intimacy (Aisthesis Collection, 2009). Publicou a Vida e a escrita. Teoria e prática de autobiografia (Editions UC, 2009) e vários artigos em revistas especializadas. Atualmente, é pesquisadora responsável pelo projeto FONDECYT Regular nº 1150061 “Fatos biográficos: as vidas imaginárias da narrativa hispanoamericana” (2015-2017), um fundo que permitiu a realização deste artigo.

Referências

BARTHES, R. “La mort de l'auteur”. In: Oeuvres Complètes. v. 3. Paris: Seuil, 2002a. BARTHES, R. Sade, Fourier, Loyola. In: Oeuvres Complètes. v. 3. Paris: Seuil, 2002b. BARTHES, R. “Pourquoi j'aime Benveniste”. In: Oeuvres Complètes. v. 4. Paris: Seuil, 2002c.

BARTHES, R. Comment vivre ensemble. Paris: Seuil-Imec, 2002d. BARTHES, R. Le lexique de l'auteur. Paris: Seuil, 2010.

BARTHES, R. Archivos del seminario 1971-1972 (inédito). Paris: Fondo Roland Barthes, Biblioteca Nacional de Francia.

DE MAN, P. La autobiografía como desfiguración. Suplemento Anthropos, n. 29, 1991, p. 13-18.

DÍAZ, J.-L. Cuerpo del autor, cuerpo de la obra. Algunos aspectos de su relación en la época romántica. Tropelías. Revista de Teoría de la Literatura y Literatura Comparada. n. 24, 2015. p. 31--50.

DOSSE, F. La biographie à l'épreuve de l'identité narrative. FABULA L'héritage littéraire de Paul RicÅ“ur. Paris. Disponible <http://www.fabula.org/colloques/ document1928.php> [18 juin 2017].

FUKS, Julián. A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. GUMUCIO, R. Mi abuela, Marta Rivas González. Santiago de Chile: Ediciones Universidad Diego Portales, 2013.

LANSON, G. Essais de méthode, de critique et d'histoire littéraire. Librairie Hachette, 1965, p. 44-45.

PÉREZ FONTDEVILA, A.; M. TORRAS FRANCÈS; E. CRÓQUER. A manera

de presentación. Ninguna voz es transparente. Autorías de mujeres para un corpus visibilizador. Mundo Nuevo. Revista de Estudios Literarios. Dossier “Autoría y Género”, Año VII, n. 16, 2015, p. 15-27.

PÉREZ FONTDEVILA, A. y M. TORRAS FRANCÈS. La autoría a debate: textualizaciones del cuerpo-corpus (una introducción teórica). Tropelías. Revista de Teoría de la Literatura y Literatura Comparada. n. 24, 2015, p. 1-16.

PREMAT, J. Héroes sin atributos. Figura de autor en la literatura argentina. Buenos Aires: FCE, 2009.

RANCIÈRE, J. Política de la literatura. Buenos Aires: Libros del Zorzal, 2010. ROBIN, R. Point de vue: L'autofiction. CV Photo, n. 44, Automne 1998.

SAINTE-BEUVE, C. Pour la critique. Paris: Gallimard, 1992.

Downloads

Publicado

2018-07-06

Edição

v. 20 n. 2 (2018)

Seção

Artigos

Licença

O/A/S AUTOR/A/S confirma/m sua participação em todas as etapas de elaboração do trabalho: 1) Concepção, projeto, pesquisa bibliográfica, análise e interpretação dos dados; 2) Redação e revisão do manuscrito; 3) Aprovação da versão final do manuscrito para publicação; 4) Responsabilidade por todos os aspectos do trabalho e garantia pela exatidão e integridade de qualquer parte da obra. O envio dos trabalhos implica a cessão imediata e sem ônus, por parte de todos os autores, dos direitos de publicação para a revista Alea, a qual é filiada ao sistema CreativeCommons, atribuição CC-BY (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/). Os autores são integralmente responsáveis pelo conteúdo do artigo e continuam a deter todos os direitos autorais para publicações posteriores do mesmo, devendo, se possível, fazer constar a referência à primeira publicação na revista. Alea não se compromete a devolver as contribuições recebidas. Autores de artigos, resenhas ou traduções receberão um exemplar da revista.