O trem e os andrajos
DOI:
https://doi.org/10.1590/1517-106X/2017193571587Resumo
Este trabalho é parte dos esforços de revisão do tema da permanência da tradição no modernismo brasileiro e, especificamente, na poesia de Carlos Drummond de Andrade. Para tanto, recorreremos à correspondência do autor e analisaremos o poema “Sabará”, de Alguma poesia. Esse poema nos permite conhecer as primeiras reflexões do autor sobre o patrimônio nacional. Já aí se revela uma especificidade da obra do poeta, o tema do gozo da destruição, que se tornaria fundamental na obra drummondiana, estendendo-se para o prazer na contemplação dos andrajos da cidade colonial. Entre a tradição e sua ruína, a escrita de Carlos Drummond de Andrade realiza uma leitura original da história da modernização brasileira. Essa leitura, ilumina as relações entre modernismo brasileiro e a escrita da história do Brasil.
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