“CULTURA DE PAZ EM TEMPOS DE GUERRA: MEMÓRIAS DE RELIGIOSOS SOBRE O INÍCIO DAS NEGOCIAÇÕES PELA PAZ EM MOÇAMBIQUE, 1982-1994”
DOI:
https://doi.org/10.59508/geoafrica.v1i4.56396Palavras-chave:
Moçambique, Cultura, Danças, RepresentaçõesResumo
Em 04 de outubro de 2022, Moçambique comemora 30 anos da assinatura do primeiro Acordo Geral de Paz, também conhecido como Acordo de Roma, por ter sido assinado na capital italiana depois de um longo período de negociação. Este primeiro acordo tinha por intenção selar a paz em Moçambique após 16 anos de uma sangrenta guerra civil, que devastou o país e que envolveu dois grupos que hoje formam os dois partidos mais importantes de Moçambique: a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) e da Renamo (Resistência Nacional de Moçambique). Considerando estas informações, este artigo tem por objetivo apresentar brevemente o contexto da guerra civil em Moçambique e a necessidade, à medida que o conflito se acirrava, de se construir uma cultura de paz. Este movimento foi liderado pelas diferentes confissões religiosas do país, especialmente pela Igreja Católica e pelo Conselho Cristão de Moçambique. A partir das memórias do bispo católico, D. Jaime Gonçalves e do bispo anglicano, D. Dinis Sengulane, discutiremos as articulações feitas pela paz, que mobilizou além dos atores da guerra, as instituições internacionais e a população moçambicana.
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