DIADORIM VOLUME 27.1 - Dossiês de língua e literatura
Diadorim: revista de estudos linguísticos e literários
UFRJ – Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas
2025, volume 27, número 1, dossiês temáticos de língua e literatura
Chamada para artigos: DIADORIM VOLUME 27.1 – DOSSIÊS de Língua e de Literatura (TEMÁTICOS) - 2025
Período de submissão: 20/02/2025 – 30/03/2025
Informamos que é possível submeter, ATÉ 30 de março de 2025, artigos científicos para o processo de avaliação, por pares/duplo-cego, de nosso periódico para publicação no número 1 do volume 27 da Diadorim - revista de estudos linguísticos e literários 2025, do Programa de Pós-Graduação de Letras Vernáculas (Cursos de Mestrado e Doutorado) da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (http://www.posvernaculas.letras.ufrj.br/pt//). Desse número, constarão dois dossiês: um de língua e outro de literatura. Ambos são temáticos. A organização e a edição dos dossiês desse número estão sob a responsabilidade de pesquisadores experientes da área de Letras e Linguística.
Dossiê de Língua
Texto e interfaces: uma homenagem à Maria Aparecida Lino Pauliukonis
Neste dossiê temático de língua, buscamos fazer uma homenagem à Maria Aparecida Lino Pauliukonis, grande pesquisadora dos estudos do texto/ discurso, contemplando a sua trajetória investigativa e pedagógica. Nesse âmbito, buscamos abarcar algumas das suas vertentes de trabalho voltadas para os diferentes olhares no estudo do texto: i) a análise de categorias textuais/ discursivas de diferentes gêneros e domínios discursivos, sobretudo os midiáticos e literários; ii) a discussão da dimensão argumentativa dos textos; iii) a interface com o ensino de língua portuguesa. Tais trabalhos podem ser fundamentados pela Semiolinguística e/ou pela Linguística de Texto e por suas interfaces com outras teorias afins, como a Teoria da Argumentação, as diferentes vertentes da Análise de Gêneros e da Análise do Discurso e o Funcionalismo.
Editores convidados, Dossiê de língua:
Leonor Werneck dos Santos, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil)
Dennis Castanheira, Universidade Federal Fluminense (Brasil)
Amanda Heiderich Marchon, Universidade Federal do Espírito Santo (Brasil)
Dossiê de Literatura
Herança e filiação na Literatura Contemporânea
“Sinto-me herdeiro, fiel na medida do possível”
Jacques Derrida
Em uma série de diálogos, Elisabeth Roudinesco questionou Jacques Derrida a respeito de suas heranças intelectuais. Além de traçar uma possível genealogia para o seu pensamento, Derrida afirmou que um “herdeiro não é apenas alguém que recebe”; o herdeiro “é quem escolhe”; e que a sua herança consistia na interpretação e nas escolhas daquilo que era herdado, promovendo uma espécie de “mobilidade de alianças”. Desse modo, segundo Derrida, seria preciso “partir de uma contradição formal e aparente entre a passividade da recepção e a decisão de dizer ‘sim’”. Sob uma perspectiva análoga a essa, T.S. Eliot, no memorável ensaio “Tradição e Talento Individual”, conclui que “nenhum poeta, nenhum artista, tem sua significação completa sozinho”. Ao articular o novo com o antigo, a originalidade com a tradição, o crítico anglo-americano sublinha o sentido histórico que leva um autor a escrever, ao mesmo tempo, com a “geração a que pertence” e com “toda literatura europeia desde Homero e, nela incluída, toda a literatura de seu próprio país”. Nessa mesma direção, a poetisa Adília Lopes apontou, na abertura de A mulher-a-dias (2002), algumas referências que estruturam o livro como suas influências, sublinhando primeiro o aspecto seletivo e depois seu caráter incontrolável [ou inevitável?], ao afirmar que “as influências escolhem-se involuntariamente”. Trata-se de selecionar, filtrar, interpretar e transformar aquilo que é herdado ou escolhido. Neste número da revista Diadorim, direcionamos a pergunta de Roudinesco à literatura contemporânea produzida a partir dos anos 2000. Nesse sentido, buscamos textos que pensem a literatura a partir da herança e da filiação. Serão aceitos textos que abordam o modo como a literatura contemporânea – africanas de língua portuguesa, brasileira e portuguesa, com possíveis diálogos comparativos – estabelece uma rede de conexões com outros textos promovendo um movimento de leitura e releitura que ao mesmo tempo que herda e se filia com o passado e também com o presente, os reinterpretam e os transformam.
Editores convidados, Dossiê de literatura:
Marlon Barbosa, Universidade Federal Fluminense (Brasil)
Paulo Braz, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil)
Rafaela Cardeal, CEComp, Universidade de Lisboa (Portugal)
**Template para a versão final dos artigos (que, na versão de submissão, não devem ter autoria identificada): https://drive.google.com/drive/folders/1bk_RRV5bENY-Tt6mfJ5O4jJqJnu4kH6_?usp=sharing
***Link para mais informações: https://revistas.ufrj.br/index.php/diadorim/about/submissions