A linguística histórico-diacrônica no Brasil pós-1980 e a questão do contato linguístico
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2018.v20n0a23265Resumo
Este texto foi concebido em duas partes distintas que dialogam. Na primeira parte, discuto comoa Linguística Histórico-Diacrônica pós-década de 1980 no Brasil vem abordando a questão do contato linguístico, questão que, do meu ponto de vista, não pode ser tratada como um tema de história externa. Conforme Mattos e Silva (2000), o contato é aspecto central na formatação da variante social demografi camente majoritária do português brasileiro, o chamado português
popular brasileiro. Na segunda parte, o foco recairá sobre a história linguística de uma das duas colônias portuguesas na América – o Estado do Brasil2 – do século XVI ao XVIII, período ainda praticamente inexplorado por nós. Partindo da constatação de que nenhuma língua africana faz parte da ecologia linguística do Brasil hoje, estabeleço um contraste com o multilinguismo indígena e africano no passado e demonstro, quanto aos africanos, não só a predominância
banta (cf. ALMEIDA, 2014), mas também os fortes indícios de que o quimbundo teria sido uma língua geral no Brasil colonial (cf. LIMA, 2013 e PETTER, 2017). O objetivo subjacente ao texto é afi rmar a relevância de conjugar três teorias – a Teoria da Mudança, a Teoria da Aquisição e a Teoria do Contato – na abordagem histórico-diacrônica do português brasileiro.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Transferência de direitos autorais - Autorização para publicação
Caso o artigo submetido seja aprovado para publicação, já fica acordado que o autor autoriza a UFRJ a reproduzi-lo e publicá-lo na Diadorim: Revista de Estudos Linguísticos e Literários, entendendo-se os termos "reprodução" e "publicação" conforme definição respectivamente dos incisos VI e I do artigo 5° da Lei 9610/98. O artigo poderá ser acessado pela internet, a título gratuito, para consulta e reprodução de exemplar do artigo para uso próprio de quem a consulta. Essa autorização de publicação não tem limitação de tempo, ficando a UFRJ responsável pela manutenção da identificação do autor do artigo.
A Revista Diadorim utiliza uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0).