Uso(s) de conectores: uma abordagem funcional-discursiva
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2018.v20n0a23289Resumo
Neste artigo, adotando a proposta funcionalista, parto da premissa de que as orações subordinadas adverbiais são casos de hipotaxe e não de subordinação. Considero, ainda, que tais estruturas são introduzidas por conectores. Abordarei apenas as hipotáticas comparativas, condicionais, concessivas, modais, consecutivas, fi nais e alguns de seus introdutores. Justifi co tal opçãopor terem sido estas estruturas objeto de pesquisa de trabalhos desenvolvidos por mim, ou de que participei ou, ainda, que orientei no mestrado ou doutorado, cujos resultados me permitem traçar um panorama acerca do quadro de conectores mais prototípicos em uso no Português em cada uma delas. Por isso, os corpora são assistemáticos bem como o tratamento dos dados em que me pauto. Minha hipótese é a de que os conectores mais frequentes são os mais prototípicos, conforme já postulou Taylor (1992), e de que as inovações de uso atendem às necessidades informativas/interacionais do falante/escrevente. Os resultados demonstram que as inovações de uso constituem, na verdade, empregos de conectores já existentes na língua e que estão se comportando de forma diferente no cotexto e contexto em que se manifestam (cf. DAHLET, 2006), ratifi cando a infl uência da gramaticalização na formação e explicação/compreensão do quadro dos conectores do Português e sua polifuncionalidade (cf. CALLOU et alii, 1996; BARRETO, 1999; RODRIGUES, 1999).
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