VARIAÇÃO LEXICAL EM PERNAMBUCO E ALAGOAS: O DIÁLOGO GEOLINGUÍSTICO E (META) LEXICOGRÁFICO NO ESTUDO DAS DENOMINAÇÕES PARA AMARELINHA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2021.v23n1a38701

Palavras-chave:

Variação Lexical, Amarelinha, Geolinguística, Metalexicografia.

Resumo

Este artigo se propõe a analisar as denominações para amarelinha registradas por falantes de Pernambuco e Alagoas a partir de dois parâmetros. Por um lado, pretende-se estabelecer os limites em que as variedades se sobressaem ou são inibidas, aspecto que compete à Dialetologia. Por outro lado, apoiando-se em dicionários do século XVIII ao século XXI, a exemplo de Bluteau (1728) e Ferreira (2010), aspira-se examinar de que maneira os regionalismos são tratados, diacrônica e diatopicamente e, desse modo, entender as diferenças e similitudes entre eles. Os corpora usados advieram do Atlas Linguístico de Pernambuco  (ALiPE) (SÁ, 2013) e do Atlas Linguístico do Estado de Alagoas (ALEAL) (DOIRON, 2017), a partir dos quais foi possível  constatar a divergência semântica das denominações registradas nos dois atlas em relação ao que se verifica em obras lexicográficas. Logo, é conveniente ponderar as definições regionalistas quando da atualização das obras lexicográficas.

Biografia do Autor

Edmilson José de Sá, Centro de Ensino Superior de Arcoverde - CESA

Mestre em Linguística (UFPE), Doutor em Letras (UFPB) e Pós-Doutor em Letras (UFPA), Professor de Língua Portuguesa e Literatura no Centro de Ensino Superior de Arcoverde (CESA) e Professor Colaborador no Mestrado Profletras da Universidade Pernambuco (UPE) – Campus Garanhuns.

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Publicado

2021-06-30

Edição

Seção

Dossiê de Língua/Language Dossier