Sobre a sustentação sintática da enunciação proverbial

Autores

  • Priscila Brasil Gonçalves Lacerda UFMG

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2008.v4n0a3877

Resumo

Os estudos linguísticos acerca das sentenças proverbiais têm privilegiado a investigação de características semânticas e discursivas que definiriam a natureza proverbial dessas sentenças. Neste texto, reunindo sob o signo de “sentenças proverbiais” tanto os provérbios cristalizados pela memória de uso da língua quanto sentenças que compartilham com eles a estrutura sintática Quem x y ou Aquele que x y, procuramos reconhecer como as características semântico-enunciativas que definem essas sentenças se imprimem em sua materialidade sintática. Focalizamos, precisamente, os lugares de sujeito gramatical e de objeto, investigando em que medida a configuração da referência no escopo de cada um desses lugares sintáticos afetaria a configuração enunciativa da sentença proverbial como um todo. Observamos então que, se a ocupação do lugar de sujeito é determinante para o estabelecimento de uma referência de natureza proverbial, a ocupação do lugar de objeto guarda um compromisso mais acentuado com a temática que está sendo submetida à genericidade. Em última instância, tendo em vista que trabalhamos com uma sintaxe de bases enunciativas, este estudo nos permitiu esboçar uma identidade enunciativa para os lugares sintático sem questão.

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Publicado

2008-12-29

Edição

Seção

Artigos Inéditos