Rachel de Queiroz e os norte-americanos: para que serve um dirigível?

Autores

  • Liane Schneider UFPB

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2010.v7n0a3911

Resumo

O presente artigo discute o contexto histórico da presença de soldados norte-americanos no Nordeste brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial, que alimenta e enriquece a construção ficcional de Rachel de Queiroz em seu conto “Tangerine-girl”. Através da análise da protagonista do conto, uma jovem não nomeada, desenvolveremos nossos pontos de vista sobre as posições ocupadas por jovens brasileiras nas décadas de quarenta e cinquenta do século passado no que se refere ao seu pertencimento de gênero e cultural. Verificamos a forte influência de símbolos norte americanos tanto no conto em questão, como em outros textos que analisam o período por outros prismas além do literário. Rachel de Queiroz traz à tona os conflitos entre diferentes projetos e modelos sociais -- brasileiros e estadunidenses -- em um momento em que ser neutro era algo praticamente impossível. A modernidade e seus avanços tecnológicos, no entanto, aparentemente tornam-se mais importantes do que a própria discussão da guerra em si, pelo menos aos olhos da “menina-tangerina” criada por Queiroz, que se apaixona pela presença do dirigível norteamericano.

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Publicado

2010-06-27

Edição

Seção

Dossiê Rachel de Queiroz