Conceição e Maria Moura: duas heroínas no espelho

Autores

  • Lígia Regina Calado de Medeiros UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2010.v7n0a3912

Resumo

Estudar O quinze e Memorial de Maria Moura, através das personagens Conceição e Maria Moura, neste trabalho, é tentar compreender de que modo se sustenta a representação da mulher no primeiro e no último romance publicado em vida por Rachel de Queiroz. À luz de uma perspectiva crítico-feminista, a análise, considerando o amadurecimento da produção da escritora, procura mostrar o diálogo que há entre as duas obras, para o que se refere à emancipação da mulher em Literatura. Quando postas frente ao espelho, o pragmatismo mais evidenciado para a última heroína só vem confirmar o que até então se manifesta em níveis mais ideológicos para a primeira. Conceição e Maria Moura constituem, portanto, faces de uma mesma representação, iluminadas pelo crivo de uma escritora atenta à causa e que se mostra, no conjunto da obra, mais feminista do que julgava parecer.

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Publicado

2010-06-27

Edição

Seção

Dossiê Rachel de Queiroz