Sentidos da mídia em sujeitos candidatos à presidência da república
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2011.v10n0a3934Resumo
Este estudo tem por objetivo verificar os sentidos produzidos por uma instância enunciativa sujeitudinal jornalista sobre uma instância enunciativa sentidural candidato à presidência da República. Será tomado como corpus reportagens retiradas das revistas Veja e Época referentes aos três principais candidatos à Presidência da República nas eleições de 2010. Nossa hipótese sugere a existência de uma parcialidade explícita, por parte dessas instâncias midiáticas, que coloca o direcionamento de uma posição de vinculação político-fisiológica dessas instâncias à eleição do candidato José Serra do PSDB. Pretendemos explicitar, pois, que sentidos são produzidos pelas instituições midiáticas Veja e Época ao enunciar o discurso político das candidaturas à presidência da República. Nosso interesse é compreender a amplitude dos sentidos produzidos por uma instância enunciativa sujeitudinal jornalista sobre uma instância enunciativa sentidural candidato à presidência da República a partir de seu atravessamento interdiscursivo em uma enunciação midiática. Tomaremos como arcabouço teórico conceitos da Análise do Discurso de linha francesa. A partir da reflexão teórica realizada por Santos (2009), consideramos a instância enunciativa sujeitudinal como uma alteridade de instâncias-sujeito no interior de um processo enunciativo. Ao proceder às análises, procuramos apresentar evidências enunciativas segundo as quais as instituições midiáticas Época e Veja enunciam do lugar discursivo das elites sociais. Isso justifica a percepção de que há uma parcialidade explícita por parte das instituições midiáticas que as direciona a uma tomada de posição frente às candidaturas à presidência da República e, consequentemente, a processos de identificação com o candidato José Serra e de desidentificação com a candidata Dilma Roussef.
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