Cláusulas hipotáticas modais em uso
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2011.v10n0a3942Resumo
Apresenta-se, neste artigo, uma descrição e uma análise de cláusulas hipotáticas modais em dois gêneros textuais: o editorial e o anúncio. Tal estudo justifica-se pelo fato de não haver um consenso entre autores tradicionais e não-tradicionais na abordagem das cláusulas modais. Além disso, não são encontradas com frequência pesquisas que levem em conta as funções comunicativas destas estruturas em gêneros textuais específicos. Os pressupostos teóricos utilizados foram os do Funcionalismo e os da Teoria dos Gêneros, por se considerarem textos que representam o real uso da língua e por se observarem os papéis discursivos das cláusulas hipotáticas modais. Os autores que subsidiaram a análise foram Silva (2011), Bazerman (2006) e Brandão (2006), só para citar alguns. Os textos analisados, neste artigo, foram coletados do corpus VARPORT, que é constituído por anúncios, editoriais, notícias e entrevistas do tipo DID (Diálogo entre Informante e Documentador) referentes aos séculos XIX e XX do português brasileiro e do europeu, disponível no site www.letras.ufrj.br/varport.
Pela análise empreendida, pode-se verificar que as cláusulas modais i) em um editorial, não exercem apenas a função de expressar a noção de modo, mas também têm um papel discursivo, contribuindo para a argumentação construída pelo autor do texto e ii) em um anúncio, estão a serviço da descrição, imprescindível para que o autor do texto alcance seu objetivo. O estudo realizado aqui permitiu constatar que as cláusulas hipotáticas modais possuem um comportamento heterogêneo, podendo assumir diferentes papéis discursivos em co-textos reais de uso.
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