A morfologia histórica e os estudos etimológicos da Língua Portuguesa

Autores

  • Mário Eduardo Viario USP

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2013.v0n0a4006

Resumo

A partir do momento em que a Linguística passou a dedicar-se à segmentação de palavras, já no final do século XVIII, uma nova perspectiva se abriu com o estudo especializado da Morfologia, a qual se encontrava mesclada à Lexicologia, desde a sistematização das classes de palavras pela Gramática ocidental no período alexandrino. As hipóteses acerca da origem de sufixos, prefixos e desinências, no entanto, durante o período do desenvolvimento da Gramática Histórico-comparativa, exerceram um papel importante na compreensão de certos universalismos, confirmados apenas recentemente pela Linguística Cognitiva. No entanto, a descrição do desenvolvimento diacrônico do componente semântico dos mesmos elementos de composição, apesar de adequada, nem sempre era rigorosa com relação às sincronias pretéritas em que os mesmos elementos estudados se integravam. Paralelamente a isso, o estudo etimológico continuava a enfatizar apenas o léxico.Em período de fecunda discussão sobre os mecanismos de transmissão etimológica, tipologia linguística, variação diatópica e estilística, a criação de um novo método etimológico foi interrompido pelas convulsões sociais do século XX.Com o advento da Linguística Moderna e o amadurecimento teórico do Estruturalismo e do Gerativismo nas descrições e explicações teóricas para a sincronia atual, originou-se uma teorização do fenômeno diacrônico, aplicável ao setor morfológico. Retomado o estudo morfológico de viés diacrônico, após o maior conhecimento das relações intersistêmicas, somou-se ao conhecimento das transformações formais e semânticas também a necessidade de coerência intersistêmica nos modelos, mediante um método etimológico mais adequado aos dias de hoje.

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Publicado

2013-12-27

Edição

Seção

Artigos Inéditos