SMALL CLAUSES LIVRES E SENTENÇAS CLIVADAS: COMPORTAMENTO ENTOACIONAL E SINTAXE

Autores

  • Karina Zendron da Cunha Universidade Federal de Santa Catarina / UFSC
  • Daise Ribeiro Pereira Carpes Universidade Federal de Santa Catarina / UFSC

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2015.v17n2a4072

Resumo

Neste artigo, apresentaremos os resultados de um experimento acústico a respeito do comportamento entoacional das sentenças exclamativas conhecidas como small clauses livres (SCLs) e das sentenças clivadas do português brasileiro (PB), e relacionaremos esses resultados com a estrutura sintática das sentenças analisadas. Tivemos por objetivo testar duas hipóteses. A primeira prevê que, na posição foco sentencial, o valor da frequência fundamental (F0) é maior do que na posição de sujeito e na posição da tônica final, tanto nas SCLs quanto nas sentenças clivadas. A segunda hipótese prevê que as SCLs e as clivadas têm o mesmo comportamento entoacional, se a análise de Kato (2007) para a estrutura sintática dessas sentenças estiver correta. Ou seja, o valor de F0 na posição foco das SCLs não apresentaria diferenças significativas em relação à posição foco das clivadas; e assim por diante para as posições sujeito e sílaba tônica final. Para testar essas hipóteses, desenvolvemos um experimento de produção e coletamos 288 sentenças para análise. O software PRAAT com o script MOMEL/INTSINT foi usado para analisar os dados de F0, e na sequência esses dados foram analisados estatisticamente com o software SPSS. Os resultados confirmaram nossa primeira hipótese, mas rejeitaram a segunda. Concluímos, portanto, que os comportamentos entoacionais em investigação são diferentes uns dos outros, o que sugere a possibilidade de termos estruturas sintáticas diferentes para SCLs e sentenças clivadas.

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Publicado

2015-12-26