A liberdade formalizante na formação de mediadores de leitura do texto literário
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2016.v18n1a4743Resumo
RESUMO: A suposição de que o estudante já devia ter aprendido a ler o texto literário nos dois níveis de ensino que o permitiram chegar à universidade tem causado grandes distorções na formação dos professores e, sobretudo, tem produzido consequências nefastas para a formação dos leitores jovens e crianças sujeitadas a esses professores, em um círculo vicioso que parece não ter fim. Partindo-se, no entanto, do fato de que a relação entre os homens e a literatura é dinâmica e que há manifestas alterações no modo de compreensão das obras pelo leitor de hoje, invariavelmente tachado de desinteressado por esse tipo de texto e, considerando-se também as transformações que a própria literatura vem sofrendo, nos desafiamos a buscar procedimentos didáticos mais adequados para desenvolver a capacidade leitora, que tem sido deixada de lado em nome dos conhecimentos sobre literatura em todos os níveis de ensino e, em especial, nos cursos de Letras. Assim, porque nos parece imperativo levar em conta as mudanças das práticas sociais para o contexto das práticas didáticas, nos dedicamos a transformar os conhecimentos adquiridos, especialmente sobre narrativa, ao longo da vida acadêmica, em ferramentas de mediação de leitura do texto literário. Estas se constituem de procedimentos ajustados a cada situa- ção de leitura, em uma perspectiva de que a literatura é um produto histórico e como tal deve ser conhecido, apreciado. Nesse sentido, o texto que propomos trata de estratégias de leitura, de abordagens do texto literário que possam ajudar o futuro professor enquanto mediador de leitura do texto literário, nos variados contextos em que vier a atuar.
PALAVRAS-CHAVE: Práticas didáticas, Mediação de leitura do texto literário, Educação literária.
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