O vestuário feminino numa fazenda escravocrata do século XIX: patriarcalismo, sentimentos e subversão em A menina morta, de Cornelio Penna
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2024.v26n1a63269Resumo
Propõe-se neste artigo uma análise do vestuário feminino no romance A menina morta (1954), de Cornelio Penna. Trata-se de obra literária que produz uma representação muito verossímil da vida numa fazenda escravocrata de fins do século XIX. A casa-grande e sua decoração são descritas de forma absolutamente minuciosa, incluindo os vestidos das mulheres. Centrando o foco analítico na figura de Carlota, filha do proprietário, busca-se aqui refletir sobre as relações entre os sentimentos da personagem e o vestuário de que se vale em momentos decisivos da história. Com apoio teórico em autores como Peter Stallybrass (2016), Gilda de Mello e Souza (1987) e Giovanni Starace (2015), que refletiram agudamente sobre os liames entre vida psicológica e social e o uso das roupas, demonstra-se a importância da moda na afirmação identitária dos sujeitos. No caso de Carlota, o vestuário está intimamente conectado às suas decisões e à sua trajetória subversiva em face de um universo sombrio, patriarcal e escravagista.
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