Alencar, costureiro
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2024.v26n1a63509Resumo
O romance Lucíola (1862), de José de Alencar, é rico em descrições do vestuário, o que, aliás, acontece também nas outras obras de caráter urbano do escritor romântico. Porém, mais do que ocupar o lugar secundário da descrição, no artigo “Alencar, costureiro” pretendo mostrar que as roupas têm uma função estrutural na narrativa e participam ativamente da intenção pedagógica do livro. Os trajes de Lúcia, a protagonista do romance, representam suas emoções, inseguranças, seu passado e suas ambições. Na literatura, o figurino da cena criada textualmente veste os corpos inventados na encenação do discurso. Em Lucíola, Alencar quis montar uma espécie de manual de boas maneiras e bons costumes que abarcasse relações afetivas, condutas morais – que necessariamente passam pela linguagem – e, em relação à vida material, vestuário e outros objetos.
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