O português funchalense também tem redobros: reflexões sobre a relação entre o parâmetro do sujeito nulo e o redobro do sujeito
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2024.v26n2a63984Resumo
Este trabalho visa a apresentar uma análise das construções de redobro do sujeito na variedade do português falada no Funchal, capital da Ilha da Madeira. Para tanto, trabalhamos com um Corpus de 18 informantes, extraído do Projeto COMPARAPORT. A abordagem teórico-metodológica que fundamenta a pesquisa se arquiteta na associação entre a Teoria de Princípios e Parâmetros (cf. CHOMSKY, 1981; 1995) e o dispositivo metodológico da Teoria da Variação e Mudança (cf. WEINREICH, LABOV & HERZOG, 2006 [1968]). Partindo de Duarte (1995) e de Rezende dos Reis (2023), a hipótese norteadora é a de que existe, na variedade do português funchalense, uma relação entre o preenchimento do sujeito pronominal e a implementação de estruturas com o redobro do sujeito; entendemos que o estatuto do Parâmetro do Sujeito Nulo (cf. CHOMSKY, 1981) opera como um filtro a tal relação, vinculado sobretudo ao licenciamento “qualitativo” dos dados. Para o tratamento estatístico, foi utilizado o software MINITAB versão 21.1. Os resultados obtidos revelam que a produção de redobros do sujeito se mostra como uma estratégia mais frequente nos indivíduos com os maiores índices de preenchimento do sujeito, o que permite confirmar a hipótese levantada.
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