A pluridimensionalidade no Atlas Linguístico da Rota dos Tropeiros: uma análise das denominações para a profissão daqueles que fazem os utensílios de couro para a lida com a tropa
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2024.v26n2a64212Resumo
Amparado na Geolinguística Pluridimensional, o presente estudo, que se configura como um recorte da tese de Chofard (2023), evidencia a diversidade existente nos falares da Região Sul e busca averiguar, por meio dos dados coletados para o Atlas Linguístico da Rota dos Tropeiros (ALRT), como essa heterogeneidade se dá ao longo de uma das rotas dos tropeiros, tendo em vista os grandes fluxos migratórios e os contatos entre gaúchos e paulistas durante os quase 200 anos pelos quais o Tropeirismo perdurou. Assim, tem-se como objetivos: (i) apresentar as dimensões de análise que foram contempladas para a coleta de dados do ALRT, descrevendo as escolhas metodológicas e apresentando as vantagens e dificuldades das escolhas; (ii) descrever as variantes registradas para a questão aqui enfocada nos 12 pontos de inquérito que compõem a rede de pontos do Atlas; e (iii) analisar pluridimensionalmente, por meio de cartas linguísticas, gráficos e tabelas, o que os dados revelam. O Questionário Semântico-Lexical (QSL) do ALRT é composto por 125 questões, dentre as quais, para o presente estudo, foi selecionada a questão 93, que busca as designações para a profissão daqueles que fazem os utensílios de couro para a lida com a tropa e constitui-se enquanto um item variável no que tange às diferentes dimensões de análise. Nesse sentido, os resultados indicam que existem diferentes maneiras de denominar a profissão, porém duas são mais usuais, sendo elas guasqueiro e coureiro. Já, no que diz respeito às dimensões controladas, constata-se que todas exercem alguma influência nas escolhas linguísticas dos informantes.
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