A difusão de a gente sujeito na variedade alagoana: um estudo de meta-análise

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35520/diadorim.2024.v26n2a64304

Resumo

A fim de analisar a difusão de a gente na fala alagoana, apresentamos um estudo de meta-análise (Lovatto et al., 2007; Freitag, 2021) de cinco pesquisas sobre a variação nós e a gente na posição de sujeito em comunidades de fala alagoanas (Vitório, 2017; Oliveira; Nascimento, 2017; Feitosa; Vitório, 2018; Souza; Vitório, 2021; Silva, 2023). Nosso objetivo é apresentar generalizações sobre a difusão de a gente na variedade alagoana, tomando por base a interferência das variáveis sociais comunidade, escolaridade e faixa etária, de modo a responder à seguinte questão: qual o comportamento de a gente na variedade alagoana? Nossos dados mostram que a gente é a variante preferida em Alagoas, com um percentual de uso menor em comunidades com traços rurais e entre falantes menos escolarizados dessas comunidades, bem como estamos diante de uma mudança em curso na direção de a gente, mas com um ritmo mais lento de implementação em comunidades com traços mais rurais, o que parece sugerir que estamos diante de um processo de mudança que seja condicionado pelo continuum rural/urbano (Bortoni-Ricardo, 2004).

Biografia do Autor

Elyne Giselle de Santana Lima Aguiar Vitório, Universidade Federal de Alagoas. Maceió, AL, Brasil.

Doutora em Linguística e professora da Universidade Federal de Alagoas - Campus Arapiraca. Possui experiência na área de Linguística, com ênfase em Sociolinguística, atuando principalmente em estudos de variação e mudança morfossintática nas modalidades falada e escrita do português brasileiro.

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Publicado

2024-12-30

Edição

Seção

v26n2 - LING: Línguas românicas e práticas metodológicas