Formas de tratamento em cartas pessoais catarinenses escritas entre 1880 e 1940
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2024.v26n2a64394Abstract
Neste artigo, buscamos descrever as formas de tratamento nominais e pronominais utilizadas em cartas pessoais escritas na região de Florianópolis entre as décadas de 1880 e 1940. Para tanto, retomamos parte da análise de Gouveia (2019), atinente a 130 cartas pessoais, transcritas e editadas pela equipe do Projeto Para a História do Português Brasileiro em Santa Catarina (PHPB-SC). Para a consecução desta pesquisa, utilizamos a Teoria de Variação e Mudança (Weinreich; Labov; Herzog, 2006 [1968]), pelas orientações gerais da Teoria do Poder e Solidariedade (Brown; Gilman, 2003 [1960]) e pela Sociolinguística Histórica (Conde Silvestre, 2007). Os resultados mostram que, no período em análise, encontramos nas cartas catarinenses um sistema quaternário de tratamento (tu, você, forma nominal e zero), utilizado na escrita de missivistas de distintas esferas sociais, que mantinham diferentes tipos de relações com seus interlocutores (de amizade, de familiar e de conhecido). As formas de sujeito tu foram majoritárias, utilizadas preferencialmente pelos missivistas que escrevem a amigos ou familiares. As formas de sujeito zero e nominais foram utilizadas principalmente entre missivistas que se conhecem, porém não possuem intimidade. Já o pronome sujeito você foi a estratégia menos produtiva, aparecendo nas relações mais respeitosas e de distanciamento em situações bem específicas, como uma marca de fora. Esses resultados não nos permitem dizer que o pronome você já estava se implementando na escrita catarinense do período investigado (1980-1940).
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