Dispositivo psiquiátrico e produção de sujeitos matáveis no Brasil entre fins do século XIX e início do XX

Autores

  • Silvio de Azevedo Soares Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)
  • Luís Antônio Francisco de Souza Universidade Estadual Paulista, Unesp, campus de Marília

Palavras-chave:

psiquiatria, dispositivo, biopoder, biopolítica, Homo Sacer

Resumo

A partir das contribuições de Michel Foucault (e seus conceitos de biopoder e dispositivo) e Giorgio Agamben (Homo Sacer), procurou-se problematizar o modo como se produziram mortes pela psiquiatria no Brasil do final do século XIX e princípio do XX. Por meio de revisão bibliográfica em obras que trataram da psiquiatria nesse período histórico, este artigo analisa, nas interpretações dos discursos e práticas psiquiátricas, a implicação de características biológicas, de aspectos da vida nua de indivíduos e grupos, que os transformariam em sujeitos matáveis, próximos à condição de Homo Sacer, e expostos à morte no interior da trama psiquiátrica.

Biografia do Autor

Silvio de Azevedo Soares, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp, Marília, Brasil) e pesquisador do Observatório de Segurança Pública (OSP) da Unesp. É licenciado em ciências sociais e bacharel em sociologia pela Unesp.

Luís Antônio Francisco de Souza, Universidade Estadual Paulista, Unesp, campus de Marília

Professor livre-docente do Departamento de Sociologia e Antropologia e do PPGCS da Unesp. É doutor e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade de São Paulo (USP, Brasil) e licenciado e bacharel em ciências sociais pela USP.

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Publicado

2019-09-24

Edição

Seção

Artigos