Entre o cuidado e a custódia: Como agentes prisionais em Minas Gerais percebem seu trabalho
Isabela Cristina Alves Araujo, Ludmila Ribeiro
Resumo
Este artigo desvela como agentes prisionais em Minas Gerais percebem seu trabalho, se voltado à garantia da ordem ou ao cuidado — palavra tradicionalmente associada às atividades de ressocialização no cárcere. Para tanto, analisamos se o sexo do profissional influencia essa percepção, por meio de 1.525 questionários on-line autoaplicados entre 2014 e 2015, além de entrevistas semiestruturadas com dez mulheres e 13 homens em atividade de 2016 a 2018. Na percepção dessas pessoas, a manutenção da ordem e da segurança são os principais objetivos da profissão. As similaridades dos discursos de mulheres e homens indicam a adoção de valores atribuídos ao masculino, como uso da força e brutalidade, vistos como essenciais para manter a ordem no cárcere.
Palavras-chave
percepção do trabalho, sistema prisional, agentes prisionais, análise comparativa, gênero
DOI:
https://doi.org/10.4322/dilemas.v16n1.49811
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