A expansão – com desadensamento – da Região Metropolitana de São Paulo entre 2010 e 2022

Autores/as

Palabras clave:

censo demográfico, expansão urbana, adensamento construtivo, demografia, região metropolitana de são paulo

Resumen

Um dos debates centrais no campo do planejamento urbano versa sobre o adensamento construtivo e populacional e a expansão urbana. Utilizando dados do Censo de 2022 agregados por setores censitários, da plataforma MapBiomas e dos lançamentos residenciais listados pela Embraesp, realizamos uma leitura espacial das dinâmicas demográficas da Região Metropolitana de São Paulo entre 2000 e 2010 para identificar possíveis alterações nos padrões históricos de distribuição do crescimento populacional na metrópole. Observamos um aumento na densidade construtiva concentrada nas áreas mais consolidadas , ocorrendo simultaneamente com uma expansão horizontal e desadensamento populacional na maior parte da extensão territorial metropolitana. Em um cenário de lançamento recorde de unidades residenciais verticais , a expansão urbana desacelera e, ainda assim, o ganho de população nas áreas de expansão horizontal é equivalente ao ganho populacional em áreas com adensamento construtivo. O adensamento construtivo e populacional trazido pelos lançamentos não garantiu a reconcentração da densidade populacional especificamente em áreas próximas ao transporte, reforçando uma lógica de dispersão rodoviarista, tampouco substituiu os mercados informais que produzem expansão horizontal.

Biografía del autor/a

Pedro Henrique Rezende Mendonça, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Arquiteto e Urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e pesquisador de treinamento técnico FAPESP do LabCidade FAUUSP.

Pedro Henrique Barbosa Muniz Lima, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Arquiteto urbanista, doutorando na FAUUSP e pesquisador do LabCidade FAUUSP

Deiny Façanha Costa, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Arquiteta Urbanista, mestranda na FAUUSP e pesquisadora do LabCidade FAUUSP

Henrique Giovani Canan, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Graduando em Arquitetura e Urbanista pela FAUUSP, pesquisador do LabCidade FAUUSP

Alec Akasaka Benedusi, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Graduando em Arquitetura e Urbanista pela FAUUSP, pesquisador do LabCidade FAUUSP

Lara Araujo Giacomini, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Graduanda em Arquitetura e Urbanista pela FAUUSP, pesquisadora do LabCidade FAUUSP

Gabriela Santo Azzolini, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Graduanda em Arquitetura e Urbanista pela FAUUSP, pesquisadora do LabCidade FAUUSP

Luiza Giovana Hespanhol de Andrade, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela FAUUSP, pesquisadora do LabCidade FAUUSP

Paula Freire Santoro, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Professora na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, coordenadora do LabCidade FAUUSP

Raquel Rolnik, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

Professora titular na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, coordenadora do LabCidade FAUUSP.

Citas

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Publicado

2024-05-22

Número

Sección

Seção Especial